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Fruto do oportunismo

Fonte: site da revista época
Todos os finais de semana milhares de corredores saem às ruas para participar de alguma prova de corrida de rua Brasil a fora. A maioria absoluta é composta de corredores amadores, mas é possível observar um pequeno grupo de dotados. Eles correm com o pace próximo dos três minutos por quilômetro nas provas de 5k, 10k e 21k. Diamantes brutos que brigam por premiações ou por brindes que proporcionem a manutenção de seu esporte de coração. Não procurando culpados, mas tentando entender como um efetivo tão grande não gera talentos para nos representar com mais evidência nos principais eventos do mundo, trouxe algumas informações para reflexão.

Nosso melhor maratonista
Provavelmente você não ouviu falar do Ronaldo da Costa. Eu mesmo confesso que não me recordo, pois a corrida tem apenas 5 anos na minha vida e o recorde brasileiro perdura desde 1998! Pasmem. Enquanto a África gera corredores que pulverizam o recorde mundial anualmente, congelamos no tempo. Possivelmente o Wanderley Cordeiro foi quem chegou mais perto de derrubar esta marca, não fosse o maluco que lhe agarrara na maratona olímpica em 2004.

Em relação as provas de 5k, 10k e Meia-maratona
Resolvi falar destas provas como um combo, pois o recorde das três pertencem a uma mesma pessoa e realizada em uma mesma prova! O Marilson resolveu correr a prova de Udine e suas parciais representam nossos melhores tempos de 2007.

O cenário para as mulheres é ainda mais complicado
O recorde dos 5 km perdura desde 1992. Dos 10 km se mantém firme de 1993. A meia-maratona não vê ninguém tão rápida desde 1991. A maratona foi a única marca melhorada recentemente. Adriana Aparecida da Silva estabeleceu o novo recorde brasileiro em 2012 na maratona de Tóquio, quando chegou em nono lugar (ver reportagem completa aqui).

Uma pena. Um país com tantas riquezas e talentos não consegue se organizar para mostrar ao mundo sua grandiosidade. Vivemos do acaso e do amor destes heroicos esportistas, que mesmo só conseguem apoio após atingirem um nível de excelência, mesmo não tendo condições ideais para buscar bons resultados. 
Quando superaremos a síndrome do cachorro vira-latas e assumiremos nossas responsabilidades e papel frente a sociedade mundial?
Boas passadas.


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